Nos últimos tempos, muitas pesquisas tem norteado a forma de compreender de maneira ampla os requisitos de lubrificação de engrenagens a fim de garantir confiabilidade em seu processo de trabalho. Sempre em busca de encontrar uma forma de obter o melhor lubrificante para um determinado conjunto de engrenamentos, tipos e características de engrenagens, com a observação de uma tabela fornecida pelo fabricante do componente ou um gráfico de transposição de viscosidade.
Não há nada que garanta uma ferramenta simples para elaboração e determinação da viscosidade, por consequência a experiência é ainda a melhor ferramenta para a seleção do lubrificante para engrenagens.
O lubrificante ideal deve promover a separação completa dos dentes de engrenagens com um filme adequado, minimizando ao máximo o atrito, aumentando a eficiência e estendendo a sua vida útil do equipamento. Não devemos esquecer que além do fato de citado, ainda contamos com características intrínsecas do lubrificante que nem sempre são levadas em conta em um primeiro momento, são elas: refrigerar, limpar, proteger contra ferrugem e corrosão e evitar alterações químicas nas superfícies dos metais.
O lubrificante adequado é uma necessidade para uma operação normal de um determinado sistema de engrenagens, não tem a função de consertar eventuais erros de montagens, subdimencionamentos ou operações impróprias. Sobrecargas devem ser tratadas de outra forma, seja com novos projetos, alteração de velocidade ou até mesmo de componente… Cuidado! Lubrificante não concerta a máquina!
Os flancos (dentes) de engrenagens operam em três diferentes condições de lubrificação, são elas: Plena, mista e limite. Lubrificação limite: O ocorre no momento da partida e na parada durante o equipamento, para isso temos que nos atentar às propriedades químicas do lubrificante, por exemplo, o aditivo EP. Este é de extrema importância para a prevenção do arrastamento do material que é proporcionado pelo esforço do conato metal-metal.
Temos que considerar o problema da operação contínua sob o regime de película limite, pois tal fato leva a desgastes severos que impactam na redução drástica da vida útil do componente. Para casos como este, sempre devemos trabalhar na questão de implantação de lubrificantes de alto desempenho, estes sim irão nos auxiliar na extensão da vida do equipamento.
Se a questão é trabalho em regime de aumento da velocidade as engrenagens e/ou variações, estas trabalham na condição mista. As irregularidades superficiais se tocam e o filme lubrificante não é suficientemente espesso, o coeficiente de atrito é alto, desgastes severos e rápidos também podem ocorrer.
Sempre que haver situação semelhante, o lubrificante com EP deve ser levado em consideração, pois somente este aditivo será o suficiente para reduzir o desgaste a níveis aceitáveis.
Na melhor hipótese, a condição de lubrificação plena onde ocorre com a total separação das superfícies através de um filme elastohidrodinâmico (EHL), este por sua vez é igual a duas ou três vezes maiores que a distância entre seus picos e vales (rugosidade).
Sendo a viscosidade a característica mais notória na formação de um filme lubrificante e proteção de um componente, a correta seleção deste é de suma importância para o bom desempenho do sistema.
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